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terça-feira, 8 de novembro de 2011

CIDADES NA BÍBLIA

           Ao tentar tirar lições relevantes da Bíblia para as cidades contemporâneas, é bom entender a respeito de fazer comparações exatas. De acordo com Muitas cidades bíblicas facilmente se classificariam como os condomínios de  hoje, tendo tido populações com menos de 3.000 de acordo com Ashcroft (1989). Algumas cidades não eram tão pequenas. A cidade de Nínive tinha uma população acima de 120 mil pessoas. Roma e Babilônia eram maior ainda como afirma.
            Uma semelhança entre as cidades bíblicas e das atuais é a influência que as cidades bíblicas têm sobre as nações em que elas existem. Uma forma desta é a influência que têm sobre a religião de uma nação. Se as cidades são focos do paganismo, tais crenças podem facilmente se espalhar para todo o país. Cidades bíblicas também parecem ter experimentado os problemas das cidades modernas, como a corrupção, opressão e violência.
            Logo cedo na história bíblica surge a primeira cidade estabelecida por Caim com o nome de Enoque em homenagem a seu primeiro filho, como relatado em Gênesis 4:17. Mais uma vez a cidade é citada no livro de Gênesis 11:4, quando o povo edificou uma grande torre cidade conhecido na história bíblica. Tanto no Antigo como no Novo testamento essas cidades eram marcadas por grandes líderes. Os desafios, no entanto, dos profetas bíblicos da cidade era bater de frente com esses governantes. Como relação a sua localidade, a “maior parte de cidade/estado estava na planície. O interior montanhoso ainda era espessamente coberto de florestas e muito pouco povoado” (BRIGHT, p. 152, tradução nossa)
            A primeira menção sobre cidade na Bíblia foi a qual Caim fundou, com o nome de Enoque. Caim era um assassino, Deus puniu por um banimento, ele saiu andando pelo planeta. Ele foi o primeiro prefeito no mundo. A cidade é o oposto do jardim do Edem. A próxima cidade foi Sicar, que segue o mesmo principio da cidade de Enoque. O desejo de Deus é que o homem se espalhasse. Mais uma vez o homem se rebelava. No jardim é o lugar onde o homem ouve a Deus. A  célebre  Torre de  Babel  foi  uma  tentativa de  concentração urbana,  não aprovada  por  Deus.  Ele  queria  que os  homens  se  multiplicassem, enchendo a Terra. Ferreira Dam (1990 p.139) vê a evolução das cidades em várias etapas. Babel era a cidade de muitas línguas, pentecoste é o local onde cada um fala em sua língua. Pentecostes ouviram na sua própria língua de uma verdade só mais expressada em muitas línguas. A igreja precisa se abrir ao debate ao dialogo. A cidade é um lugar onde o ser humano vive isolado. Um lugar de competição e vai se tornar um lugar de comércio. O escritor Ed René Kivitz fez a seguinte reflexão de que a cidade é a grande obra do homem e a sua edificação é o símbolo do homem, pois, uma vez expulso do jardim  ele edifica  uma  cidade para  si,  mas  sua edificação  opõe-se a  onipotência de  Deus.  Gênesis representa o Jardim, planejado por  Deus  e  seu  contraponto  é  a  Torre  de  Babel,  construída pelos homens.
            Babilônia era a maior cidade no centro mesopotâmio, localizada no rio Eufrates. De acordo com Hilário Junior (1976) sua riqueza e prosperidade estavam sobre toda a região da mesopotâmia, Judéia e Assíria. Com a queda dos reinados sumérios, este povo cresceu e se tornou o maior império da época.  Ela se tornou a maior metrópole do mundo no século XVI a.C.
            O autor Roberto Linthicum (1990, p. 140) em sua reflexão sobre o significado das cidades afirma que ela “é campo  de batalha entre  Deus  e  Satanás  e  Ele  se  preocupa  com  o bem  estar  da  cidade [...] Muito da atividade  redentora de  Deus centraliza-se nas  cidades [...]” Ele contribui dizendo que  Deus  “permitiu que  Israel  construísse  cidades (Am 9.14); em Canaã, em meio às cidades tomadas, Deus determinou que houvesse “cidades  de  refúgio” (Nm  35:11).”

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

DEFININDO MISSÃO

Por: Everaldo Carlos 27/10/2011

O fundamento para toda a missão é o ato de Deus para entrar no mundo em Cristo, para sofrer e morrer e ser ressuscitado. Na verdade o autor está dizendo que a missão é sobre a Missio Dei[1] (GUIMARÃES, 2010) – o movimento eterno de Deus no mundo, o “auto envio” de Deus para o bem do mundo. O falecido teólogo Sul Africano David Bosch (1991, p.391) colocou bem: "Missão não é primariamente apenas uma atividade da Igreja, mas um atributo de Deus.”
Van Engen (1999, p. XVII) enfatiza que Teologia de missões necessita ser um campo multidisciplinar que lê as Escrituras com olhos missiológicos e “se fundamenta nesta leitura, continuamente reexaminada, reavaliando e redirecionando o envolvimento da Igreja na Missio Dei, no mundo de Deus”
Para Bosch (1991, 390) não é a Igreja que envia, e sim Deus que envia a Igreja. Para ele ser uma Igreja é "Deus, o Pai enviando o Filho, e Deus o Pai e o Filho enviando o Espírito, ou seja, isso se expandiu para incluir ainda há, um outro "movimento": o Pai, Filho e Espírito Santo enviando a igreja para o mundo ". Missão não acontece por iniciativa da Igreja; missão acontece por iniciativa de Deus. Missão não é apenas algo a mais no calendário eclesiástico anual de uma igreja. A missão de Deus é a razão de ser de uma Igreja.
Para Russell Burril (2009) a igreja não existe para servir seus próprios objetivos ou até mesmo para garantir sua própria sobrevivência. Nós existimos apenas para participar com Cristo em expressar o amor de Deus ao mundo, um amor que "se esvazia" para o bem do mundo, até mesmo ao ponto da morte. Como Jürgen Moltmann (1975, p.10) observou: “O que temos de aprender não é que a Igreja tem uma missão, mas o inverso: que a missão de Cristo cria a sua própria Igreja.” Ele continua afirmando que não é a Igreja que tem uma missão de salvação para cumprir com o mundo, é a missão do Filho e do Espírito através do Pai que inclui a Igreja.
O chamado da Igreja deve ser de uma comunidade de testemunho e participação no futuro de Deus. A Igreja está reunida pelo Espírito de Deus e chamado por meio de seu testemunho corporativo para proclamar que, em Cristo, Deus está moldando uma nova vida para o mundo. A Igreja é enviada ao mundo, encorajada pelo Espírito de Deus para dar testemunho da vida nova em Cristo diante de quem a Bíblia fala desta nova vida em vários termos "todo joelho se dobrará." Darrell Guder (1998, p.66 e 67 tradução nossa) coloca a questão de forma sucinta:

                        É essencial para a missão, como testemunho de que a realidade do reino se                                                                tornam tangíveis na igreja - não que a igreja é o reino, mas que a igreja demonstra
 a proximidade do reino, os primeiros frutos de sua vinda.                                     

Carl E. Braaten em sua obra The Flaming Center (1977, p.55) afirmou que uma igreja sem missões ou uma missão sem a igreja são contradições e tais coisas não existem.


[1] 1. O Pastor e Professor  Aguinaldo Guimarrães em sua tese descreveu que a expressão Missio Dei vem do “latim para “o envio de Deus”, no sentido de “ser enviada”, uma frase usada na discussão missiológica protestante, especialmente desde a década de 1950 (McINTOSH, 2000, p. 631 citado no trabalho acadêmico do autor Aguinaldo Leônidas). Em inglês significa “a missão de Deus”.

Definição do termo Missional




Por Everaldo Carlos (27/10/2011)
A palavra missional é um adjetivo de missionário. O primeiro uso da palavra missional foi através do autor W. G. HOLMES (1907, p.687), em seu clássico livro Age Justinian & Theodora II escrito em 1907. O termo missional foi usado pela primeira vez nos escritos modernos pelo Dr. Francis DuBose, em um livro intitulado God Who Sends publicado em 1983. Como Richard Bliese (2006, p. 239) argumenta, falando de igreja e missão, eles criam uma bifurcação, dividindo o que tem que ficar juntos. Para Bliese, isto é a justificativa para o uso "missional" como um adjetivo que descreve a igreja. Ou nas palavras de Van Gelder, o código genético da igreja missional significa que é missionária em sua própria essência. De forma similar, Guder (GUDER, 2008) citando Norman Kraus diz: "A vida da Igreja é o seu testemunho. o testemunho da igreja é a sua vida. a questão do testemunho autêntico é a questão da autêntica comunidade."
Na década de 1990 o termo começou a aparecer em mais em livros como Missional Church: A Vision for the Sending of the Church in North America organizado por Darrel Gruder e também nas obras de Lesslie Newbigin.
O termo não foi cunhado por Darrell Guder, professor do Seminário Princeton, mas isto sugere que este livro, que ele co-escreveu e editou deve ser responsabilizado, ao que parece para a rápida propagação do termo missional em muitos círculos de discussão na igreja da América do Norte.
Guder (1990) e os membros de sua equipe do "Gospel and Our Culture"[1] (O evangelho e nossa cultura “ tradução nossa), no entanto, rapidamente traçaram a história da igreja missional de volta às conversas iniciadas em círculos missionários e ecumênicos na década de 1950, na mesma época que as teorias de crescimento de igreja de Donald McGavran  foram também despertando o interesse entre os evangélicos na América do Norte.
Ed Stetzer (2006), presidente da Lifeway Research[2] distingue a igreja missional de uma igreja tradicional sem o senso de missão. Em uma tentativa de sensibilizar a igreja estabelecida com missões bíblica para trabalhar no outro lado da rua e não apenas em missões além mar. "Missional significa realmente fazer missão onde você está", Stetzer (2006, p. 4) escreve. "Missional significa adotar a postura de um missionário, aprendendo e adaptando-se a cultura ao seu redor, e permanecendo bíblico." Stetzer em seu livro Planting Missional Churches (2006, p.19) condensa a declaração ao dizer: "Missional significa ser um missionário, sem nunca sair do seu código postal." A igreja tradicional tem perdido o lado missional. Tem deixado de lado a sua essência.
Em sua forma mais simples, o termo "missional" é um substantivo de "missionário" modificado para ser um adjetivo. Provavelmente, Francis Dubose (1983)  foi o primeiro que introduziu o conceito em sua obra intitulada, God Who Sends.  Os termos "missional" e "igreja missional" foram utilizados pela primeira vez pelo grupo de missiólogos norte-americanos The Gospel and our culture  liderado por Guder.  Esses líderes da GOCN foram desafiados pelo missionário Leslie Newbigin, que trabalhava com implicações culturais em sua experiência como missionário.
Reggie McNeal (2009) define a igreja missional como o povo de Deus em parceria com Deus na sua missão redentora no mundo, essa é uma grande definição e ela ajuda a igreja praticamente mover-se em direção a esse caminho missionário.
Steve Timmis (2008) descreve a igreja missional afirmando que missão é o propósito principal da igreja no mundo. Timmis (2008, p.63) melhor descreve a prática do ministério missional como "pessoas comuns fazendo coisas ordinárias com extraordinária intencionalidade do evangelho.” Este reafirma como Stetzer e Dodson (2006), missional como encarnação, vivendo o missional intencional, ou seja, ser um missionário de plantão, vinte quatro horas.
Stetzer (2006) ainda diz que as igrejas missionais devem fazer o que os missionários fazem, independentemente do contexto. Deve-se estudar e aprender a língua tornar-se parte da cultura, proclamar as boas novas, ser a presença de Cristo, e contextualizar a vida bíblica e da igreja com a cultura, fazendo isso elas se tornarão igrejas missionais.
Lesslie Newbigin (HUNSBERGER, p. 143) foi um missionário britânico que foi a Índia na década de 50. Quando saiu da Inglaterra, a igreja ocidental, entretanto, se relacionava com a cultura, era o que se chamava de cristandade. Depois de voltar de décadas como um missionário na Índia, percebeu como a civilização ocidental secularizada tinha se tornado paganizado. Ele argumentou que os cristãos no Ocidente deveriam enxergar o mundo como um campo missionário, e que a igreja deve adotar a postura de um missionário de como ela se relaciona com a cultura. As instituições da sociedade cristianizavam as pessoas por meio de estigmatizar toda outra conduta ou crença que não fora cristã. A igreja reunia as pessoas e as desafiava a um compromisso cristão pessoal. Ao estar em uma cultura não cristã não poderiam simplesmente colocar em compromisso as pessoas cristianizadas. Antes, bem deveriam adaptar cada aspecto de sua vida eclesiástica: adoração, pregação, vida comunitária, discipulado a um mundo não cristão.
            Darrel Guder (1998, p. 5) declara que “de acordo de acordo com a igreja missional, os cristãos americanos tinham sido amarrados a um "modelo de cristandade" do cristianismo, onde a igreja focada em necessidades internas e manutenção de seu privilégio cultural na sociedade. Darrel (GUDER, 1998 p.5 tradução nossa) afirmar que:

                                   Bispo Newbigin e outros nos ajudaram a ver que a missão de Deus está                                  chamando e enviando a Igreja de Jesus Cristo, para ser uma igreja                                                      missionária em nossa sociedade, nas culturas em que nos encontramos.                                 Estas culturas já não são mais cristãs.
             
Novas obras em temas relacionados à igreja missional começaram a aparecer nas décadas de 1980 e 1990, mais notavelmente por DuBose e trabalhos de Van Engen e de Darrell Guder em  preparar a igreja para a obra missionária hoje.
            Os colaboradores da igreja Missional enfatizaram que tudo o que a igreja deve ser e fazer é a missão. Segundo Russell Burrill (2009) evangelismo/missão não deve ser apenas um programa da igreja, entre muitos, mas a identidade da Igreja do núcleo como testemunhas enviadas por Deus para o mundo. Os autores de Igreja Missional não foram meramente redesenhando a igreja para o sucesso em nosso contexto de mudança ou que procuram um "método e resolução de problemas", pragmática abordagem ao ministério. Em vez disso, eles procuraram diagnosticar o cativeiro cultural da igreja de hoje, incluindo a sua obsessão com o marketing e técnica. Mais importante, eles pintaram uma visão teologicamente enraizada da igreja como uma comunidade chamada a participar na missão de Deus e para o mundo.
            Newbigin (1989) ressuscitou o termo Missio Dei na década de 1950 em relação a sua eclesiologia missiológica. No livro “The Gospel in a Pluralist Society" o autor (NEWBIGIN, 1989) no capítulo intitulado de "A Congregação como hermenêutica do Evangelho" argumenta meticulosamente que o evangelho é comunicado através principalmente da comunidade que se reúnem, acolhendo as pessoas para suas práticas comunitárias, não primariamente por palavras ou argumentos doutrinários
            Allan Hirsch (2006) afirma que uma teologia missional não se contenta com a missão de ser um trabalho baseado apenas na igreja. Pelo contrário, ela se aplica a toda a vida de um cristão. No livro O Desejado de Todas as Nações, Ellen White (2004, p.195) afirma que todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário. Todo discípulo é um agente do reino de Deus, e o dever do discípulo é levar a missão de Deus em todas as esferas da vida. Somos todos missionários enviados em uma cultura não-cristã.
            Hirsch (2006) continua afirmando que a igreja missional representa uma mudança significativa na maneira como pensar sobre a igreja. Como o povo missionário de Deus, deve-se envolver o mundo da mesma maneira que ele faz, deve-se sair em vez de apenas estender a mão. Quando a igreja está em missão, é a verdadeira igreja.


[1] The Gospel and our culture (O evangelho e nossa cultura) é um movimento que se iniciou no Reino Unido nos anos 80 com a influência de Lesslie Newbigin, desafiando as igrejas do ocidente a se engajarem no maior desafio missionário mais importante do século XX, o encontro missionário do evangelho com a cultura do ocidente. (MOREAU, 2000 p.402 tradução nossa)
[2] LifeWay Research foi iniciado pelo Dr. Thomas Rainer  para a finalidade de auxiliar e equipar líderes de igreja. Seu atual presidente é o autor Ed Stetzer. Para maiores informações visite o site em inglês: http://www.lifeway.com/Article/LifeWay-Research-about-us

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